O FILME
Tássia Dur
Priscilla Young
Bruno Perillo
Wallyson Mota
Jonnata Doll
Marcelle Louzada
SOBRE
O filme conta a história de Ana, uma prostituta que percorre os rios concretados da cidade de São Paulo em busca de histórias e de desague. Ana armazena em seu corpo o fluxo dos aprisionamentos. Transitando entre loucura, morte e erotismo, Submersa é um filme sobre encontros e excessos
RIOS
O filme surgiu da necessidade de discutir a crise hídrica na cidade de São Paulo. Interessou-nos a quantidade de rios concretados, subterrâneos e calados. Interessamo-nos por suas histórias, seu entorno, pelas pessoas que vivem sobre eles e com os quais se relacionam cotidianamente. Saimos da zona oeste, percorremos o Córrego Água Preta, a Praça da Nascente, o Morringuinhos, o Tamanduateí e chegamos no extremo leste, como quem deságua, no braço do Tietê, no Jardim Romano.
Uma das principais referências para o filme é o Butô, dança japonesa dos anos 60, constituída pela incorporação das margens, das águas profundas, das inundações e abandonos que carregamos em nós. O Submersa trás, através do corpo da performer Priscilla Young, os rios represados, mortos-vivos, prontos para eclodir, memórias de dor e cicatrizações. Na performance, a força das lamas, das águas escuras, desse estado limítrofe entre vida e morte, cresce e ocupa espaços em Ana, a personagem principal do filme.
BUTÔ
LAVADEIRAS
Os rios eram por excelência lugar de convívio feminino, espaço de trocas afetivas, políticas e econômicas. O imaginário dos rios abundantes da cidade e das mulheres que os habitavam são pano de fundo para o filme Submersa.